sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

BRASIL: RJ: RIO DE JANEIRO: 
Seminário de São José do Morro do Castelo
 Seminary of Saint Joseph on Castle Rock

1 – Localização: 
             Município do Rio de Janeiro. Ap 1.1. Centro. Morro do Castelo. Localizava-se na margem sul do Morro do Castelo, aproximadamente -22.910018, -43.175032
2 – Histórico:
             No Brasil do século XVIII ainda não existiam casas de formação e de estudo destinadas aos futuros sacerdotes diocesanos. Até então os vocacionados tinham a opção de serem educados em alguma escola dirigida pelos padres jesuítas ou, se a família tivesse condições, realizar seus estudos na Europa. Tendo os bens da Ermida do Desterro (atual convento de Santa Teresa, no bairro de Santa Teresa) retornado para a Coroa Portuguesa, o bispo Frei Antônio de Guadalupe (1725-1740) solicitou-os para criar um seminário.
             Portanto, para o sustento do estabelecimento, o prelado destinou perpetuamente ao Seminário o rendimento dos bens pertencentes ao patrimônio da Capela de Nossa Senhora do Desterro, compostos por várias casas de moradia e dinheiro a juros. Eis a provisão da criação do seminário:
         "Haviam estabelecido , e ordenado os Padres de Trento ... que as Igrejas Cathedraes , e Metropolitanas , e outras maiores fossem obrigadas á manter em Collegio , e á educar na religião , e disciplinas ecclesiasticas , certo numero de meninos , como permittissem a possibilidade , e extensão das Dioceses... Sendo portanto os Seminários o Centro da instrucção de todo o Clero em cada uma das Dioceses, dezejava-se esse estabelecimento na do Rio de Janeiro, onde a falta de meios á sustenta-lo retardava a sua fundação : mas o Bispo D. Fr. Antonio de Guadalupe , que meditava sobre esse artigo com assás vigilância, lançando mão da opportunidade , em que a Ermida, de N. Senhora do Desterro ( hoje Convento de Santa Thereza ) e seus bens , se julgaram devolutos á Coroa, em 1734 apesar da rija impugnação do Juízo Ecclesiastico , cujo direito patrocinavam titulos justos , e assás provados, em representação sua de 12 de Abril de 1734 ( registrada a f. 146 v. do Liv. de Reg. ) supplicou á ElRei a doação d'esse parco património , que as Provisoens de 27 de Outubro de 1735, e de 6 de Agosto de 1738, lhe permittiram para o projectado fim , pensionando apenas o novo Seminário com uma Missa á N. Sra. em todos os sabbados do anno. Auxiliado com essa graça , deliberou o sobredito Bispo lançar os alicerces á tão profícua obra do Seminário Episcopal de S. Jozé , que fundou em Provisão de 3 de Fevereiro de 1739 , á Beneficio da mocidade , e do Estado , isentando-o da jurisdicção parochial." (Araújo, vol. 7, pg. 215-218)
             “Ficando devolutos á Corôa em 1734 os bens da ermida do Desterro, requisitou-os o bispo Dom Frei Antônio de Guadalupe, em 12 de abril desse anno, para patrimônio do seminário, que, conforme o concilio tridentino, devia haver nas dioceses para servir de escola de religião e disciplina ecclesiastica. Attendeu o governo ao pedido do prelado nas provisões de 27 de outubro de 1735 e 6 de agosto de 1738, com a condição, porém, de mandar o bispo que se rezasse no seminário uma missa a Virgem Santa em todos os sabbados....
               D. frei Antônio de Guadalupe, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostolica, bispo do Rio de Janeiro e do conselho de S. M. Fidelissima que D.G. etc. Logo que principiámos a servir este bispado, trouxemos sempre no coração um ardente desejo, de que nesta cidade houvesse um seminario, assim para satisfazer ao que ordenou o concilio tridentino na sess. 23 capítulo V.8 de reformat; como por vêr que nesta diocese teria a mesma utilidade que o dito concilio considerou para todas, e experimentão aquellas, onde se tem instituido; pois sendo tão importante que hajão parochos e pastores idoneos para a direcção das almas, é necessario que aquelles moços que se destinão ao estado sacerdotal, sejão de longe criados e instruidos nas lettras e virtudes, como que dignamente possão subir a tão alto ministerio e fazerem-se capazes para bem servirem as igrejas, o que se consegue nos seminarios, ocorrendo-se ao contagio dos vicios com que o mundo costuma perverter a primeira idade; do que resulta, que quando os moços querem pretender ordens, se achão sem as qualidades necessarias para esse fim, o que (não sem grande sentimento) experimentámos nesta diocese, na qual achamos tantos sacerdotes inuteis, ignorantes e mais destros e exercitados nos tratos seculares que nos empregos da igreja. Agitados, pois, deste desejo fizemos quanto em nós está para conseguirmos a fabrica e instituição de um seminario, alcançando para isso licença de S. Majestade e applicação dos bens pertencentes á capela de Nossa Senhora do Desterro, sita nos suburbios desta côrte.
             Portanto com o favor de Deus Nosso Senhor e conselho dos RR. Dr. Lourenço de Valadares Vieira, thesoureiro-mór da nossa Sé, e José de Souza Ribeiro de Araujo arcediago, os quaes deputamos para o governo do seminario, criamos, erigimos e instituímos nesta cidade, na chacara que fica nas costas da capella de Nossa Senhora da Ajuda, a qual comprámos por dous mil cruzados ao alferes Manoel Pereira, e casa, que para esse effeito mandámos fabricar, um seminario ecclesiastico na fórma do sobredito concilio tridentino, e escolhemos para seu tutor e padroeiro o glorioso patriarcha São José, esposo da Virgem Nossa Senhora, a cujo cargo poz o eterno pai a criação de seu unigenito filho feito homem, encommendando-lhe nós também a criação dos moços do dito seminario. Nelle serão educados os moços, que se receberem em competente numero ás rendas que por ora e pelo tempo houver, em bons e virtuosos costumes, na lingua latina, no canto da igreja, nos computos ecclesiasticos, na lição dos livros sagrados, e sobre tudo isto na theologia moral necessaria para saber administrar os santos sacramentos.
              E para sustentação dos mesmos estudantes, de seu reitor que os governe, e das mais pessoas necessarias, lhe assignamos perpetuamente os bens, que pertencião à capella de Nossa Senhora do Desterro, que consistem em varias moradas de casas nesta cidade, e algum dinheiro que anda a juros em mãos de pessoas abonadas, com as seguranças necessarias, dos quaes bens e dos mais que para diante, acrescerem o reitor que nomearmos, e mais alumnos do seminario, tomarão posse, autoridade propria, e os seus rendimentos, sem outra licença, poderão despedir no seu sustento e utilidade do mesmo seminario. O que tudo fazemos na melhor forma de direito e para honra e gloria de Deus. Esta instituição será lida na nossa Sé, e registrada de verbo “ad verbum” na nossa camara. Dada nesta cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro aos cinco dias do mez de septembro 1739 annos. E eu o padre José da Fonseca Lopes escrivão da camara eclesiastica a subscrevi”. (Azevedo, vol. 1, pg. 349-351)
               Dom Frei Antônio de Guadalupe (1725-1740) criou, através da provisão de 5 de setembro de 1739, criou o Seminário  São José, o primeiro Seminário do Brasil. A construção do prédio iniciou-se a partir dessa data, numa grande chácara no sopé do Morro do Castelo, nos fundos da Capela de Nossa Senhora da Ajuda, adquirida pela Diocese pelo valor de dois mil Cruzados, ao alferes Manuel Pereira. Por essa razão, o logradouro público passaria a ser denominado pela população como Ladeira do Seminário, constituindo-se em uma das três vias de acesso ao cume do monte. Em 3 de maio de 1740, Frei Dom Antônio de Guadalupe deu os Estatutos ao Seminário, posteriormente reformados pelos diversos prelados que o sucederam na administração. Do primeiro reitor do Seminário nada se sabe, mas do segundo tem-se o nome: padre Antonio Nunes Siqueira (1752). Nos primeiros anos de funcionamento, tinha um programa de estudos com aulas de latim, canto gregoriano, cômputos eclesiásticos, a Sagrada Escritura e moral-pastoral. O bispo Dom frei João da Cruz (1740-1745) na visita pessoal feita a este estabelecimento em 10 de maio de 1742, reformou os estatutos, que sofreram outra reforma de Dom frei Antônio do Desterro (1745-1773) em 11 de outubro de 1748. Tendo passado para o convento de Santa Thereza os bens que constituíam o patrimônio do seminário, doou o bispo Dom frei Antônio do Desterro a este estabelecimento a fazenda da Jurujuba, comprada a seu irmão o marechal de campo João Malheiros Reimão. Entre os antigos reitores desta casa menciona-se o padre José de Souza Marmello, natural de Irajá. Escolhido para reitor do Seminário de São José deu ordem e disciplina ao estabelecimento, que chegou a um grau de esplendor, a que até então não atingira; aumentou o patrimônio, comprando prédios e arrecadando escrupulosamente os reditos da casa, que se encheu de alunos, dos quais era o reitor bom guia, bom preceptor e bom pai. Mas logo que ele deixou esse cargo, começou o seminário a decair, desapareceu a ordem, ficaram os estudos sem direção, os alunos sem mestre, o estabelecimento sem prestígio e assim permaneceu longo tempo, de sorte que, falando desta casa de educação, diz o padre Luiz Gonçalves dos Santos, em suas Memórias Históricas: Este edifício interiormente mais parece morada de Plutão do que de Minerva. Apresentado no cargo de chantre o cônego Marmello, não chegou a exercê-lo, porque faleceu em 13 de junho de l790, tendo sepultura na igreja de São Pedro. Dom José J. Justiniano (1773-1805) estabeleceu diversas cadeiras de ensino; seu sucessor reformou o método dos estudos e o regime das aulas; criou algumas cadeiras além das que havia que eram as de latim, filosofia, teologia dogmática, teologia moral, liturgia e cantochão. No seminário estudou José Basílio da Gama, autor de O Uruguai. Usavam os alunos ordinariamente de gabinardo preto, e nos atos públicos de beca e capa-roxa, exceto os minoristas que traziam batina preta. Determinavam os antigos estatutos que o gabinardo fosse feito de baeta preta. Chamavam-se numeristas os alunos pobres educados à custa do seminário.
            O bispo Dom José Caetano (1806-1838) legou ao Seminário diversos prédios e apólices. O bispo Dom Manuel do Monte Rodrigues de Araújo, Conde de Irajá (1839-1863), criou as cadeiras de francês, geografia, história, retórica, poética, matemáticas elementares, inglês, instituições canônicas, história sagrada e eclesiástica, e teologia exegética; ele também enriqueceu o patrimônio da casa com vinte e quatro apólices de 1:000$000 cada uma. Na reitoria do padre Pedro Celestino de Alcântara Pacheco, estabeleceu-se a cadeira de grego. O vigário capitular monsenhor Felix Maria de Freitas Albuquerque reformou o plano de estudos, dividindo o curso em dez anos; seis para as matérias que são propriamente preparatórios, e quatro para as do curso teológico. No curso preparatório incluiu o latim, história sagrada e profana, doutrina, francês, grego, matemáticas, filosofia, retórica, cosmografia, física e química; no curso teológico a liturgia, história sagrada, lugares teológicos, história eclesiástica, dogma, teologia moral, instituições canônicas e canto. Em 25 de junho de 1863, foi nomeado reitor o padre José Gonçalves Ferreira, que aumentou o número dos volumes da biblioteca, construiu uma sala para os reitores, um passadiço para a aula de latim, novas latrinas, uma grossa muralha, junto ao morro, para divisão dos terrenos do seminário, outra muralha na chácara que pertence ao estabelecimento; calçou a rua que vai ter à portaria, e a que corre em frente da capela, ladrilhou de mármore o pavimento do alpendre da portaria, ajardinou o terreno fronteiro ao edifício; mandou vir da Europa um órgão para a capela, estabeleceu uma tipografia que começou a imprimir em 1866 o periódico Apóstolo, e mandou tirar os retratos dos bispos Dom Antônio de Guadalupe e Dom Antônio do Desterro e colocá-los em lugar honroso. O bispo Dom Pedro Maria de Lacerda (1868-1890) demitiu os antigos lentes do estabelecimento, entregou-o a padres estrangeiros, e estabeleceu um curso preparatório na chácara da mitra no Rio Comprido.
            A administração do Seminário esteve sempre entregue aos sacerdotes da Diocese até abril de 1869, quando o décimo  bispo do Rio de Janeiro, Dom Pedro Maria de Lacerda (1868-1890), instado pelas circunstâncias, o colocou sob a direção dos Padres da Congregação da Missão de São Vicente de Paulo (Lazaristas). Essa mudança provavelmente se deveu pela dificuldade de D. Pedro em encontrar padres formadores; já que ele mesmo havia sido formado com os Lazaristas, supõe-se que eles facilitaram a mudança. Em 1873 o mesmo Dom Pedro Maria Lacerda separou o seminário maior do menor, e passou o Menor para uma casa no Rio Comprido (ainda não é a que seria a sede atual). Em 1891, com a proclamação da República e a separação entre Estado e Igreja, seu sucessor, Dom José Pereira da Silva Barros (1891-1894), bispo do Rio de Janeiro, uniu novamente os dois seminários e estabeleceu-os definitivamente no Rio Comprido, trocando a Chácara da Mitra (Rio Comprido) pelo antigo Seminário no Centro. Em 1892, o Papa Leão XIII elevou o Rio de Janeiro ao grau de arquidiocese, mudando seu nome para Seminário Arquidiocesano de São José. 1901 a administração do Seminário é reassumida pela Arquidiocese (Seminário Arquidiocesano). Em 1904, o antigo edifício na Ladeira do Seminário, no morro do Castelo, foi demolido por motivos das obras de modernização da cidade e abertura da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco). Grande número de bispos e outro muito maior de presbíteros formaram-se no Seminário de São José, que foi, sem dúvida, um dos mais bem instalados do Brasil. Muitos bispos foram ex-alunos do Seminário. O Seminário arquidiocesano funciona até hoje na sua nova sede do bairro do Rio Comprido.
3 – Descrição:
           A propriedade estava então situada nos fundos dos prédios da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e do Supremo Tribunal Federal. Apresentava uma orientação geral leste-oeste, com frente para o sul e maior eixo no sentido transverso. Havia um ala sul e alas dos dois lados projetando-se para o norte.
         “Situado na encosta do Morro do Castello, no principio da ladeira a que dá seu nome, apresenta o seminario um portão que se abre para um jardim, no fundo do qual está o edificio, que consta de dous pavimentos tendo de um lado a portaria com alpendre no primeiro pavimento, e no segundo duas janellas de peitoril; e do outro uma porta no primeiro pavimento, e duas janellas no segundo. No centro está a capella, com o portico, duas janellas no coro, frontão recto e um oculo no tympano.
           Estão de um lado do edificio os aposentos do vice-reitor, a enfermaria, um dormitorio, a botica, o refeitorio e a cozinha no primeiro pavimento; e no segundo o salão dos reitores e a sala da bibliotheca que conta mil volumes. No salão dos reitores estão os retratos dos bispos frei Antônio de Guadalupe, frei Antonio do Desterro, Dom José Caetano e Dom Manoel do Monte. ... Do lado oposto da capella estão as salas das aulas, vendo-se na aula de philosophia a antiga cadeira magistral honrada por doutos mestres; como o padre frei Antônio Rodovalho, frei Francisco de Monte Alverne e outros. Corre na parte posterior do edificio um dormitorio de dous andares, construido pelo reitor monsenhor Manoel Joaquim da Silveira, depois arcebispo e conde de S. Salvador. A capella consta de um só altar com as imagens da Sacra Família, de um pulpito e uma tribuna, e nas paredes lateraes tem dois paineis antigos. O edificio é illuminado a gaz desde o tempo do reitor Pedro Celestino de Alcantara Pacheco.” (Azevedo, vol. 1, pg. 352-353)
4 – Visitação:
            Impossível, foi demolido em 1904 para construção da Avenida Rio Branco.
5 – Bibliografia:
ARAÚJO, José de Souza Azevedo Pizarro e. Memórias Históricas do Rio de Janeiro e das Províncias anexas à Jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil, vol. 7. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1820.
AZEVEDO, Moreira de. Rio de Janeiro. Sua história, monumentos, homens notáveis, usos e curiosidades. Vol. 1. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1877.
COARACY, Vivaldo. Memória da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1955.
CRULS, Gastão. Aparência do Rio de Janeiro. 3ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1965
GERSON, Brasil. História das Ruas do Rio5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Lacerda, 2000.
NONATO, José Antônio; SANTOS, Núbia Melhem. Era uma vez O Morro do Castelo. Rio de Janeiro: IPHAN, 2000.

Seminary of Saint Joseph on Castle Rock: Brazil, State of Rio de Janeiro, City of Rio de Janeiro, Downtown.
             The seminary was the first one in Brazil and was crated in 1839 and the building was demolished in 1904, due to the creation of Rio Branco Avenue. The seminary still exists in another building in other part of the city.

Vista do satélite google. O seminário ficava dos jardins da Biblioteca Nacional para a Rua México

Mapa do centro do Rio, 1758-1760. Vê-se o Morro do Castelo e na sua encosta sul o Seminário de São José. Um pouco mais
a oeste, na altura da atual Cinelândia, o Convento da Ajuda
Mapa do Centro do Rio de Janeiro, Francisco João Roscio, 1769. Vê-se a muralha que envolveria a cidade (nunca foi completada) com o Morro do Castelo em seu interior.  A sudoeste da muralha vê-se o Convento da Ajuda e a sua direita, encostado na muralha, o Seminário.
Mapa do Centro do Rio de Janeiro, Luis dos Santos Vilhena, 1775.  A partir do sudoeste temos: 3. Convento da Ajuda; 4. Seminário de São José; 6. Igreja de São Sebastião; 7. Colégio dos Jesuítas e Igreja de Santo Inácio; 8. Fortaleza de São Sebastião; 9. Santa Casa
Mapa do Rio de Janeiro, José Correia Rangel de Bulhões, 1796. 1. Colégio dos Jesuítas e Igreja de Santo Inácio; 2. Fortaleza de São Sebastião; 3. Reduto de São Januário; 4. Igreja de São Sebastião; 5. Museu Histórico Nacional; 6. Igreja de Santa Luzia; 7. Seminário de São José; 8. Convento da Ajuda
Mapa do Morro do Castelo, 1808-1812. No extremo sul o Convento da Ajuda e, um pouco acima, na margem sul do
Morro do Castelo, o Seminário de São José
Mapa do centro Rio de Janeiro, 1835. Na beira mar, a estrutura poligonal é o Passeio Público. Logo a nordeste dela o Convento da Ajuda e mais a nordeste, na margem do Morro do Castelo o Seminário de São José
Morro do Castelo, 1826
Vista tomada de Santa Tereza, Johann Jacob Steinman, 1820-1844. Vê-se, ao
 fundo, encostado no Morro do Castelo, o Seminário de São José; no alto do
 morro a Igreja de São Sebastião. À direita a Igreja da Lapa e entre ela e o
 Morro do Castelo veem-se as árvores do Passeio Público. À esquerda os Arcos
da Lapa
Vista tomada de Santa Tereza, Johann Jacob Steinman, 1820-1844. Vê-se, ao
 fundo, encostado no Morro do Castelo, o Seminário de São José; no alto do
 morro a Igreja de São Sebastião. À direita a Igreja da Lapa e entre ela e o
 Morro do Castelo veem-se as árvores do Passeio Público. 
Vista tomada de Santa Tereza, Robert Walsh, século XIX. Vê-se, ao
 fundo, encostado no Morro do Castelo, o Seminário de São José, no alto do
 morro a Igreja de São Sebastião. À direita a Igreja da Lapa e entre ela e o
 Morro do Castelo veem-se as árvores do Passeio Público. 
Seminário de São José, Saison, 1836. Vê-se seu lado esquerdo. O prédio mais alto
é a capela. À direita do convento veem-se as árvores do Passeio Público. Ao fundo,
o Morro do Pão de Açúcar.
Centro do Rio, parte de uma foto de Marc Ferrez, 1890. Vê-se à esquerda o antigo
Largo da da Mãe do  Bispo (cerca da atual Avenida Rio Branco). Bem no centro,
a nordeste do largo, o Seminário de São José, onde se vê a fachada anterior e parte
da esquerda, tendo no meio o prédio transverso da capela

domingo, 11 de janeiro de 2015

BRASIL: RJ: SÃO GONÇALO: 
Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Pacheco - 
 Church of Our Lady of Conception of Pacheco

1 – Localização:
3º. Distrito. Pacheco. Estrada do Pacheco, 756 (-22°49'29.32"S, - 42°58'21.37"O)
2 - Histórico:
Apesar da existência de múltiplos oratórios nas fazendas da região, não havia templo condigno para as solenidades religiosas. Em 1842, Lourenço Lopes de Jesus doou 50 braças de terras de testada, com 100 de fundos de sua fazenda em Cordeiros, para o patrimônio de Nossa Senhora da Conceição de Cordeiros para a construção de um templo e um cemitério. Assinaram a escritura o tabelião José Ferreira da Silva, Lourenço Lopes de Jesus e os fazendeiros Miguel Zacarias de Alvarenga, proprietário da Fazenda Itaitindiba, e Belarmino Ricardo de Siqueira, futuro barão de São Gonçalo, proprietário da fazenda do Engenho Novo do Bom Retiro.
“Saibam quantos virem êste público instrumento de escritura e doação de cinquenta braças de terras de testada, com cem de fundos que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesús Cristo, de mil oitocentos e quarenta e dois, aos vinte e cinco dias do mês de Fevereiro do dito ano, neste Segundo Distrito da Freguesia de São Gonçalo, Município Imperial da Cidade de Niterói, lugar denominado Cordeiros, em o meu escritório compareceu perante mim, como outorgante, Lourenço Lopes de Jesús, viúvo e morador neste lugar, reconhecido pelo próprio de mim Tabelião e das duas testemunhas no fim dêste instrumento nomeadas e assinadas, do que dou fé; em presença das quais por êle outorgante me foi dito, que por sua espontânea vontade e sem o menor constrangimento, faz doação, como por êste doado tem cinquenta braças de terras de testada, com cem de fundos para o Patrimônio da nova Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Cordeiros, cujas terras, disse, estão livres de penhora, hipoteca ou algum outro meio judicial, são no pequeno monte que fica fronteiro à sua habitação; fazendo testada e fundos por linhas paralelas ao rumo de Oeste dez (10) ao Norte, correndo a linha ao lado de sua residência ao rumo de Sul; e que faz a dita doação com a cláusula de ser êle, doador, o Sacristão gratuitamente e nem poderá entrar outro nenhum, durante a sua vida, sem o seu consentimento e de haver no Cemitério lugar destinado à inumação dos pobres que falecerem, cujos cadáveres serão encomendados à custa dele, doador; ficando, todavia, livre a Irmandade da Padroeira, que se houver de criar para o futuro, regular a administração dos bens doados, os quais desde ja, estima na quantia de trezentos mil réis, à razão de seis mil réis a cada uma das cinquenta braças, pelo que não cabe a insinuação nos termos da Lei, cuja quantia desde já toma em sua têrça; e promete haver esta escritura por valiosa e firme e a não contravir em tempo algum, bem como se responsabiliza por qualquer duvida futura que aparecer possa sôbre o legítimo domínio e verdadeiro senhorio das ditas terras doadas. Em fé do que assim o disse e outorgou, me pediu que lhe lavrasse éste público instrumento que lhes li, aceitou e eu Tabelião, o aceito em nome de quem de direito for, interessar possa e assinou com as testemunhas presentes, Belarmino Ricardo de Siqueira e Miguel Zacarias de Alvarenga, reconhecidos de mim, José Ferreira da Silva, Tabelião, que o escrevi. (a) Lourenço Lopes de Jesús (a) Miguel Zacarias de Alvarenga (a) Belarmino Ricardo de Siqueira.”
A lei 311, de 4 de Abril de 1844, criou a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Cordeiros. Foi signatário desse importante documento o Dr. João Caldas Viana, presidente da província. Fator decisivo para o êxito da criação desta nova freguesia, foi a oferta do Barão de São Gonçalo para que as solenidades religiosas fossem realizadas no oratório da fazenda do Engenho Novo.
“Lei n.° 311, de 4 de Abril de 1844. Art. 1.o Fica criada uma freguesia no lugar denominado "Cordeiros", sob a invocação de N. S. da Conceição de Cordeiros — Logo que esteja em estado de prestar-se ao culto religioso a Matriz que os moradores do dito lugar se obrigarem, por têrmo judicial, a construir de pedra e cal, às expensas suas, segundo o plano organizado pelo chefe da respectiva secção e aprovado pela diretoria de obras públicas e presidência da Provinda. Artigo 2.° Esta freguesia terá por limites, pelo lado de São Gonçalo, os mesmos que outrora foram do 2.° distrito, compreendendo as fazendas de Ipilba de Malheiros, com todos os seus moradores e arrendatários; pelo lado de Itaboraí os mesmos que foram marcados pelo presidente da Província, em 22 de Dezembro de 1842, à exceção das fazendas de Correia da Serra, Carvalhosa e Salvaterra, com todos os seus moradores e arrendatários, que ficam pertencendo a Itaboraí; e pelo lado de Maricá os mesmos que atualmente vigoram. Artigo 3.oFicam revogadas quaisquer disposições em contrário.”
A sede da freguesia foi instalada inicialmente na fazenda do Engenho Novo do Bom Retiro, do Barão de São Gonçalo e, mais tarde, em Cordeiros. Decidiu-se, depois, instalar a nova matriz da freguesia no povoado de Pachecos. Em 1844, construiu-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Pachecos, que em 1859 passou a servir de matriz da freguesia.
“Decreto n.° 1.123, de 31 de Janeiro de 1859 — fica designado o lugar denominado Pachecos, para ser aí edificada a matriz da freguesia de N. S. da Conceição de Cordeiros, no município de Niterói.”
As leis 1.022, 1.402, 2.107 e 2.187, respectivamente de 1857, 1868. 1874 e 1875 e mais as deliberações de 21 de fevereiro de 1861 e 28 de Março de 1862, consignaram as verbas de 16:000$000, 7:000$000, 10:000$000, 15:000$000, 8:000$000 e 10:000$000 para as obras da igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição de Cordeiros e construção do cemitério da freguesia. O decreto 2.187, de 27 de dezembro de 1875 autorizou o presidente da Província do Rio de janeiro a dispender até 15:000$000 com a reconstrução das torres da igreja Matriz da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Cordeiros, no município de Niterói. Criada a freguesia, em 1887, foi o território da mesma ampliado com os terrenos de propriedade de D. Francisca de Alvarenga, proprietária da fazenda de Itaitindiba.
“Decreto n.° 2.897, de 25 de Outubro de 1887 (n.° 3) — Fica pertencendo à freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Cordeiros, município de Niterói, a data de terras anexa à fazenda de Itaitindiba, ora pertencente à freguesia de São João Batista, do município de Itaboraí, e comprada por D. Francisca de Alvarenga, proprietária da dita fazenda".
Pouco antes de 1940, o padre Ambrósio Smith reformou a igreja. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Pachecos passou por várias reformas que a descaracterizaram completamente. Atualmente está toda construída em pedra, o chão está todo com cimento, no teto existem vigas contemporâneas onde as telhas são coloniais, perdendo toda a característica que a considerava histórica. No entanto, ela ainda possui portas e sinos do século XIX. Atrás da Igreja existe um cemitério (1881) onde o Barão de são Gonçalo foi enterrado e existe um memorial onde estão suas vísceras. As ossadas estão no cemitério do Caju no Rio de Janeiro onde está enterrado o primeiro Padre da Igreja, Padre Teodoro, nascido em 04/11/1919 e falecido em 06/02/1992. Nossa Senhora da Conceição é venerada em 08 de dezembro. A igreja é a matriz da Paroquia de Nossa Senhora da Conceição de Pacheco, subordinada à Diocese de Niterói.
3 – Descrição:
            A igreja tem uma orientação geral norte-nordeste – sul-sudoeste, com frente virada para norte-nordeste e maior eixo ântero-posterior. O telhamento é em 2 águas. Um pouco a noroeste da igreja fica uma imagem de grande tamanho de Nossa Senhora da Conceição. Na fachada anterior há uma porta de verga reta no 1º andar e 3 janelas de verga reta no coro. Encima há um frontão triangular de tímpano liso, com um pináculo em cada ponta e uma cruz no topo. Uma torre sineira (à esquerda), liga-se à nave por um pequeno prolongamento da fachada. A torre tem duas frecheiras superpostas e no alto uma janela retangular de cada lado e no topo um teto piramidal. Na frente fica uma outra imagem de Nossa Senhora da Conceição. Nos dois lados há uma porta de verga reta e no 2º andar há 2 óculos circulares. Do lado direito fica a capela do Santíssimo, que se projeta na fachada.
            No interior, do lado direito fica uma escada que leva até o coro, suportado por 2 colunas delgadas; também há uma porta para o exterior.  No lado esquerdo há uma porta para o exterior e, logo no início, há um corredor que vai até a torre sineira, onde fica a pia batismal. Um arco-cruzeiro mais estreito dá para uma capela-mor que tem uma porta de cada lado e na sua porção posterior fica o altar-mor com um crucifixo central e à direita uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Do lado esquerdo fica a secretaria em um anexo, contendo várias imagens. Do lado direito fica a Capela do Santíssimo, tendo no altar 2 anjos e nas outras paredes várias imagens.
4 – Visitação
Missas: Segundas: 7:00h; Terças: 19:00h, Quartas: 19:00h, Quintas: 19:00h, Sextas: 19:00h, Sábados: 16:00h e 18:00h, Domingos: 7:00h, 9:00h, 17:00h e 19:00h. Tel. (21) 2614-5500, (21) 3719-9805
5 – Bibliografia:
PALMIER, Luiz. São Gonçalo Cinquentenário. São Gonçalo, 1940.


Church of Our Lady of Conception of Pacheco: Brazil, State of Rio de Janeiro, City of São Gonçalo. Pacheco
          The church was funded in 1844 and was later submitted to reforms that change the character of the whole church.

Imagem Google Earth. 
Imagem Google Earth. Detalhe
Frente (foto do autor)

Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente e lado esquerdo (foto do autor)
Frente. Observe entre a nave e a torre o altar de Nossa Senhora da Conceição
(foto do autor)
Frente. Observe entre a nave e a torre o altar de Nossa Senhora da Conceição
(foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente. Observe entre a nave e a torre o altar de Nossa Senhora da Conceição
(foto do autor)
Frente (foto do autor)
Frente. Observe entre a nave e a torre o altar
de Nossa Senhora da Conceição (foto do autor)
Frente. Observe entre a nave e a torre o altar
 de Nossa Senhora da Conceição (foto do autor)
Frente (foto do autor)

Frente (foto do autor)
Frente (foto do autor)

Frente. Imagem de Nossa Senhora da
 Conceição (foto do autor)
Lado esquerda. Vista da parte traseira da
torre sineira (foto do autor)
Lado esquerda. Vista da parte traseira da
torre sineira (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado esquerda. Trecho após a torre sineira (foto do autor)
Lado esquerda. Trecho após a torre sineira
 (foto do autor)
Frente e lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Frente e lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Lado direito (foto do autor)
Fundos (foto do autor)
Fundos e lado esquerdo (foto do autor)
Fundos e lado esquerdo (foto do autor)
Nossa Senhora da Conceição, imagem
à noroeste da igreja  (foto do autor)
Nossa Senhora da Conceição, imagem à noroeste da igreja  (foto do autor)
Nossa Senhora da Conceição, imagem à noroeste da igreja; Base da imagem
(foto do autor)
Nossa Senhora da Conceição, imagem
à noroeste da igreja  (foto do autor)
Nossa Senhora da Conceição, imagem
à noroeste da igreja  (foto do autor)
Nossa Senhora da Conceição, imagem à noroeste da igreja  (foto do autor)
Nossa Senhora da Conceição, imagem
à noroeste da igreja  (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Coro (foto do autor)
Interior. Nave, lado direito (foto do autor)
Interior. Nave, lado direito (foto do autor)
Interior. Nave, lado direito (foto do autor)
Interior. Nave, lado direito (foto do autor)
Interior. Nave, lado direito (foto do autor)
Interior. Nave, lado direito (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. Corredor para a
torre sineira com pia batismal (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. Corredor para a
torre sineira com pia batismal (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. Corredor para a
torre sineira. Pia batismal (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. (foto do autor)
Interior. Nave, lado esquerdo. (foto do autor)
Interior. Nave e Capela-mor (foto do autor)
Interior. Nave e Capela-mor (foto do autor)
Interior. Nave e Capela-mor (foto do autor)
Interior. Nave e Capela-mor (foto do autor)
Interior. Nave e Capela-mor (foto do autor)
Interior. Nave e Capela-mor (foto do autor)
Interior. Nave e Capela-mor (foto do autor)
Interior. Nave e Capela-mor (foto do autor)
Interior. Capela-mor, lado direito (foto do autor)
Interior. Capela-mor, lado direito
(foto do autor)
Interior. Capela-mor, lado esquerdo (foto do autor)
Interior. Capela-mor, lado esquerdo
 (foto do autor)
Interior. Capela-mor (foto do autor)
Interior. Capela-mor (foto do autor)
Interior. Capela-mor (foto do autor)
Interior. Capela-mor. Imagem de Nossa
 Senhora da Conceição (foto do autor)
Interior. Capela-mor. Imagem de Nossa
 Senhora da Conceição (foto do autor)
Interior. Capela-mor. Imagem de Nossa
 Senhora da Conceição (foto do autor)
Interior. Secretaria (esquerda) (foto do autor)
Interior. Secretaria (esquerda) (foto do autor)
Interior. Secretaria (esquerda) (foto do autor)
Interior. Secretaria (esquerda) (foto do autor)
Interior. Secretaria (esquerda) (foto do autor)
Interior. Secretaria (esquerda) (foto do autor)
Interior. Secretaria (esquerda) (foto do autor)
Interior. Cômodo direito para Secretaria, através da nave (foto do autor)
Interior. Capela do Santíssimo (direita) (foto do autor)
Interior. Capela do Santíssimo (direita)
 (foto do autor)
Interior. Capela do Santíssimo (direita)
 (foto do autor)
Interior. Capela do Santíssimo (direita) (foto do autor)
Interior. Capela direita, parede esquerda (foto do autor)
Interior. Capela direita, parede esquerda
 (foto do autor)
Interior. Capela direita, parede esquerda
 (foto do autor)
Interior. Capela direita, parede esquerda e fundos (foto do autor)
Interior. Capela direita, fundos (foto do autor)
Interior. Capela direita, fundos e parede direita (foto do autor)
Interior. Capela direita (foto do autor)
Interior. Capela direita
(foto do autor)
Interior. Capela direita
 (foto do autor)
Cemitério de Pachecos. Monumento ao Barão de São
 Gonçalo, antes de 1941